controle de animais

Prefeitura lança edital para comprar 500 chips para cavalos

Dandara Flores Aranguiz


Foto: Pedro Piegas (Diário)

A prefeitura de Santa Maria lançou, há poucos dias, um edital de licitação para aquisição de material para identificação eletrônica de cavalos na cidade. A proposta é a primeira etapa para que o Projeto de Microchipagem de Equinos - previsto, inclusive, em lei aprovada ainda em 2011 - saia do papel. O termo de referência publicado no site do Executivo prevê a compra de 500 microchips que serão utilizados na identificação de animais de tração que circulam em via pública, de dois aplicadores reutilizáveis e dois leitores de microchip. 

O pregão eletrônico será aberto para o recebimento das propostas no dia 30 de julho e a prefeitura estima que, a partir da segunda quinzena de agosto, o processo de microchipagem comece a ser realizado em parceria com o Centro de Reabilitação Equina (CRE) do Hospital Veterinário Universitário (HVU) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), que já possui o cadastro prévio de 250 animais. A ideia é que outros mil equinos recebam o microchip após a conclusão dessa etapa.

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Conforme o coordenador do Centro de Bem-Estar Animal da prefeitura de Santa Maria, o médico veterinário Alexandre Caetano, a aquisição custará R$ 7.728,28, e a compra será feita utilizando recursos do Fundo Municipal de Meio Ambiente.

Com o tamanho de um grão de arroz (1,2 milímetro por 2,1 milímetros), o microchip é implantado no pescoço do cavalo e não causa mal à saúde do bicho.

- A microchipagem não tem nada a ver com a proibição do uso de animais de tração. Ela vem em auxílio ao dono do animal, para situações de quando ele se encontra perdido, furtado, roubado, ou quando ele está solto em vias públicas. No microchip, fica gravado os dados de saúde, se o cavalo recebeu a vacina, se fez exame do mormo, o grau de nutrição e do trato e o endereço do tutor - explica Caetano.

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O Centro de Bem-Estar Animal estima que hoje há entre 1,5 mil e 2,5 mil cavalos carroceiros que circulam pelas áreas urbanas do município, entre animais utilizados para transporte de materiais recicláveis, de pessoas, de hortifrutigranjeiros e por leiteiros.

REMOÇÕES
De acordo com Caetano, desde 2013, a prefeitura, com o apoio do Batalhão Ambiental da Brigada Militar, das polícias rodoviárias e de entidades de proteção animal, já retirou das ruas 304 cavalos. Cerca de 70 precisaram ser eutanasiados.  

- A maior parte desses animais são soltos para procurar alimento na rua pelas próprias pessoas que os utilizam, porque elas não têm condições de mantê-los. Ano passado, tivemos três acidentes com morte de pessoas e ninguém conseguiu identificar os donos dos animais soltos - conta Caetano.

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COMO FUNCIONA

  • O microchip tem o tamanho de um grão de arroz. Ele é revestido com vidro e possuiu em seu interior um circuito integrado que armazena dados sobre o animal. A cápsula é inserida por meio de um aplicador, como uma injeção 
  • O leitor do microchip é um aparelho portátil um pouco maior do que um celular. Basta aproximá-lo do chip sob o pele do animal para ler os dados sobre a situação do equino, como a idade, a aplicação de vacinas e o nome e endereço do responsável

A maior parte dos animais não está abandonada

Para o coordenador do Centro de Bem-Estar Animal, Alexandre Caetano, apenas 3% dos animais domésticos, de forma geral, encontram-se em situação de abandono:

- Ou seja, 97% desses animais não estão abandonados, mas em situação de rua ou semidomiciliados, que precisam ser domiciliados novamente por microchipagem. Esses animais devem ser identificados para que nós possamos atender à lei aprovada em 2011 e que ainda não foi colocada em prática. Nosso trabalho vai começar a sair do papel, e isso é importante, pois vai nos dar uma referência real da situação dos animais no município.

Conforme o médico veterinário, se um cavalo com microchip for encontrado em via pública, o dono será notificado e receberá multa. Em casos de maus-tratos, o animal será recolhido e encaminhado para a reabilitação.

Um dos locais que recebe animais vítimas de maus-tratos e abandonados é o Instituto de Instituto Assistencial de Bem-Estar Animal (Iabea). Atualmente, 12 equinos estão em recuperação na sede do local.

- A microchipagem garantirá um controle maior da situação. O que está acontecendo é uma questão de saúde pública - afirma Kelli Sacol, diretora do Iabea. 

Quem avisar sobre cavalos soltos:

  • Rodovias federais - Polícia Rodoviária Federal (fone 191)
  • Rodovias estaduais - Batalhão Rodoviário da BM (fone 198)
  • Na cidade - Departamento Municipal de Trânsito (55) 3921-7271 ou Central de Bem-Estar Animal (55) 3921-7150

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